A VIDA É UMA SINFONIA INACABADA

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A VIDA É UMA SINFONIA INACABADA


Os sonhos, a poesia, a música, me acompanham desde a meninice. Sempre gostei de música. Hoje, compondo textos, ouço música. Gosto de viajar ouvindo música, gosto de dormir ouvindo música. A música me conduz por caminhos invisíveis, devaneios, sonhos. Sinto-me transportando uma carga de transcendência espiritual muito bem protegidas, numa viagem através de memórias indescritíveis. Carga que me pertence, ou são propriedade da humanidade que repousa em cada um de nós. A música nos desperta para sertirmos a aproximação de um mundo invisível, intangível, embora sentido em intensidades variáveis. Uma sinfonia é assim, parábola de uma vida, especialmente quando executada por uma orquestra divina.
[0] A vida é uma sinfonia inacabada. Amores viajantes, peregrinos, surgem das partituras, no brilho dos instrumentos, contratempos muitas vezes doloridos, impressões vagando entre saudades e desilusões, percorrendo lembranças não identificadas no tempo de uma existência. Um universo muito mais vasto do que se pode imaginar surge num excerto, no Adágio da 5a. Sinfonia de Mahler. Creio.
[0] O adagietto extraído da 5a.Sinfonia, de Gustav Mahler, dura dez minutos, traz-me uma sensação de infinitude, a qual não posso evitar. Pra mim, uma exaltação do que há de mais elevado no espírito da humanidade, além dos planos morais altos, ou dos planos religiosos comuns. Esta sinfonia prova as possibilidades de transcendência poético-musical além da realidade da dor e do sofrimento que nos acompanham nesta pandemia devastadora, e tragédias de vidas perdidas sob a irresponsabilidade de quem deveria proteger e cuidar da saúde do povo. Deveria ser ouvida, porque transcende a tragédia moral que nos acomete, quando nos submeteram a um poder como o que está sobre nós neste momento. Como se fora um mal irreversível… Mas não é
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